quinta-feira, 11 de junho de 2009

A Cartilha.

Imaginem se todos os sonhos de cada pessoa no mundo fossem resumidos e escritos em uma folha de papel, mesma folha que seria colocada em uma garrafa e lançada ao mar. Se seu sonho voltar o mar o abençoou, e ele vai se realizar, mas se não voltar? Mude de sonho, bobinho... O mar já cancelou todas as possibilidades dele se realizar! Agora deixem de imaginar! Pensem... O grandioso mar, na nossa realidade seria a sociedade, que nos faz formatar nossos sonhos em papeis, pra vê se ele pode ser aprovado, e se não for? Que pena. Quando vemos filmes, como “Billy Eliot” ou “Menina de Ouro”, observamos o sonho de pessoas diferentes que estão pondo a prova pela sociedade, aonde as pessoas discriminam umas as outras por serem diferentes, por terem sonhos diferentes e por não buscarem um padrão idealizado pela sociedade. E esses mesmos filmes mostram a luta das classes desfavorecidas pelos seus sonhos, lembrando que os filmes nem sempre mostram a realidade total dos fatos, como seria na vida real, sempre tem um toque “hollywoodiano” onde o final é feliz. A realidade nem sempre tem um final feliz, onde os sonhos se realizam. Focando-se mais ainda no filme “Billy Eliot”, podemos ver a cartilha da sociedade agindo sobre os indivíduos que nela estão, cartilha na qual consta que os homens não podem ser homossexuais ou dançarem balé, onde as pessoas tem que seguir o seu papel, mesmo que a quebra dessa regra signifique uma vida melhor e mais feliz, o que importa é a cartilha. A cartilha da sociedade não se vende, não foi publicada por nenhuma editora, ela simplesmente é implantada na gente, assim que nascemos ela vem com a gente. Se for menina, é donzela não pode tomar atitude em um romance, não pode dar o primeiro passo, senta e espera o homem chegar nela. Se for homem, é garanhão não pode ser froxo, tem que ser grosso, ter atitude, chegar junto. Quem disse isso? A cartilha, meu rei. Quer ver a ira dos Deuses? Rasgue, cuspa e jogue fora a cartilha! Manda todo mundo pra puta que pariu, vira homem e pensa, reformula, faz e escreve sua própria cartilha, nela você pode! E os Deuses? Vão torcer o nariz pra você, vão te diminuir, vão fazer o caos na sua vida, para você poder voltar à cartilha padrão. Mas e você? Você é maior que os deuses você não segue o padrão, você não quer ser mais um, você simplesmente se diferencia. Não importa o que digam, se dê certo ou dê errado, se seu sonho mesmo com a sua nova cartilha não se torne realidade, até se rirem você, realmente não importa você fez diferente em vez de continuar a gravar a velha cartilha. Virou lenda.

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